Por. Pr Edson 07.08.2016
Introdução;
Deus é bom, ele o ama e deseja o melhor para você. A vontade
dele é que você tenha um coração cheio de paixão e vida, um corpo saudável
cheio de vitalidade, um espírito renovado para adorá-lo e ter comunhão com ele,
uma mente clara cheia do conhecimento da glória de Deus.
Nunca foi intenção de Deus que tivéssemos um corpo cheio de
enfermidade e uma alma deprimida e angustiada incapaz de cumprir o seu
propósito.
Existem 33 milagres do Senhor relatados nos evangelhos. Ele
fez muito mais do que isso, mas João disse que esses foram registrados para que
crêssemos que Jesus é o Filho de Deus (Jo. 20:30-31). Jesus fez 33 milagres nos
evangelhos. Desses, 28 estão relacionados com o nosso corpo, incluindo comida,
pão e peixes sendo multiplicados e água transformada em vinho. Mas 24 são curas
físicas, e aí incluímos expulsão de demônios e ressurreição dos mortos.
Muitos acreditam que Deus lhes mandou uma enfermidade para
lhes ensinar uma lição, no entanto elas vão ao médico para desfazer o que Deus
mandou. Jesus nunca fez pessoa alguma
adoecer para lhe ensinar uma lição espiritual, para trazê-la mais perto dEle,
ou para ela aprender o quebrantamento.
Existem crentes que têm medo que a ira de Deus os atinja
nessa área. Mas o filho de Deus não está mais debaixo da sua ira, mas do seu
favor.
Precisamos ter cuidado para que a Ceia não se torne apenas
um ritual. Frequentemente encontro pessoas que ficam meses sem participar da
ceia porque estavam doentes. Pergunto por que não pediram para alguém lhes
levar o pão e o vinho, mas elas dizem que nem lhes ocorreu a ideia. Isso
acontece porque para elas a Ceia é apenas um ritual. Não sentem que precisam
comer do corpo do Senhor.
1-
A ceia nos dá saúde e vida
Em I Coríntios 11 o Senhor diz que ele não deseja que
sejamos condenados com o mundo.
Mas, quando julgados, somos
disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. I Cor. 11:32
O contexto desse
capítulo é a Ceia do Senhor, portanto ser condenado aqui não significa ir para
o inferno. Muito embora tomar a ceia de forma indigna seja errado, isso não
pode condenar ninguém ao inferno. O Senhor está dizendo que a igreja deve
receber os benefícios da Ceia para que não sofra o mesmo tipo de condenação que
o mundo sofre.
Baseado no contexto o que eles estavam sofrendo era
fraqueza, doença e morte prematura.
Eis a razão por que há entre vós
muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. I Cor. 11:30
Eles estavam tomando a ceia de forma irreverente e indigna.
Não significa que eles eram indignos, mas estavam participando de forma
indigna. Muitos interpretam de forma errada esse texto e dizem que se alguém
participa da ceia em pecado, indignamente sofrerá juízo, mas não é isso que
Paulo está dizendo. Não é a pessoa que é indigna, mas a maneira como ela está
tomando a ceia. Jesus morreu por gente indigna e não existe ninguém digno na
presença de Deus (Ap. 5:2-3).
Por isso, aquele que comer o pão ou
beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do
Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do
cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.
Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que
dormem. I Cor. 11:27-30
Isso significa que quando tomamos a Ceia sem discernir o
significado do Corpo de Cristo deixamos de usufruir da bênção de cura, força e
vida longa. Paulo diz claramente: “eis a razão...” Ele diz que há somente uma
razão porque os crentes de Corinto viviam doentes, era porque não discerniam o
significado do corpo de Cristo. Quando eles pegavam o pão eles não entendiam
porque o corpo tinha sido dado.
2-
É preciso discernir o corpo
Em primeiro lugar precisamos distinguir o pão da ceia dos
outros pães comuns. Mas também devemos distinguir a diferença entre o sangue e
o corpo. Precisamos saber para quê o sangue foi derramado e porque o corpo foi
partido.
Enquanto comiam, tomou Jesus um pão,
e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto
é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos
discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da
nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão(perdão) de pecados.
Mt. 26:26-28
Qual o significado do pão? Por que o corpo foi partido? Nós
sabemos que o sangue é para a remissão de pecados, mas e o corpo partido? Creio
que o corpo foi partido para cura de nosso corpo. Paulo não disse que o
problema dos coríntios era porque não discerniam o sangue, ele disse que o
problema era não discernir o corpo. Porque não discerniam o corpo estavam
fracos e doentes (Vs. 29-30). Existem dois elementos na Ceia porque existem
duas aplicações diferentes. O vinho é para o perdão, mas o pão é para cura.
3-
O sangue é para perdão
Quanto ao sangue não há nenhuma confusão ou problema para
entender o seu significado. O Senhor mesmo tornou o seu significado claro.
Ele nos libertou do império das
trevas e nos transportou para o reino do seu Filho do seu amor, no qual temos a
redenção, a remissão dos pecados. (Cl 1.13-14)
No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a
remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça. (Ef. 1.7)
Quando você tomar o vinho saiba que os seus pecados foram
perdoados e você foi feito justo diante de Deus por causa do sangue de Jesus.
4-
O corpo é para cura
Embora todo cristão tenha discernimento do vinho, nem todos
entendem o sentido do pão. Quando o Senhor falou com a mulher sírio-fenicia ele
disse que não era bom tirar o pão dos filhos e dá-los aos cachorrinhos. O que
significa o pão dos filhos ?
E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe
que expulsasse de sua filha o demônio. Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro
saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos
cachorrinhos. Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os
cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos. (Mc. 7.26-28)
O pão dos filhos se refere a cura da filha da mulher. Os
filhos são aqueles que participam da aliança e os cachorrinhos são os gentios
que estavam fora da aliança. Assim a cura estava incluída na aliança de Deus
com os seus filhos. Mas ali o texto fala de libertação e não de cura, como
explicar isso ? A verdade é que a Bíblia trata a doença e a possessão demoníaca
como sendo a mesma coisa, pois ambas procedem do diabo.
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com
virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo,
porque Deus era com ele. Atos 10.38
A cura e a libertação é o pão dos filhos. A mulher creu no
poder das migalhas e recebeu o milagre, mas hoje nós participamos do pão
inteiro, então podemos desfrutar de muito maior poder. Portanto quando você
comer do pão lembre-se que o corpo de Jesus foi partido para que o seu corpo
pudesse ser restaurado. Ele tomou as nossas doenças e pelas suas pisaduras
fomos sarados.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e
as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus,
e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por
causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53.4-5
No dia da Páscoa do Egito o povo deveria matar o cordeiro e
aplicar o sangue nos umbrais das portas. Isso é para nos livrar da condenação
da morte. Pelo sangue somos salvos. Mas o cordeiro deveria ser comido dentro da
casa. Esse ato de comer nada mais é que o pão que partimos na mesa do Senhor
hoje (Êx 12.8). O resultado disso foi que não havia nenhum inválido em Israel.
Havia cerca de 2,5 milhões de pessoas saindo do Egito e nenhum doente entre
eles. Isso é um quadro do que a igreja pode experimentar hoje.
Então, fez sair o seu povo, com
prata e ouro, e entre as suas tribos não havia um só inválido. (Sl. 105:37)
5-
O corpo é verdadeira comida
Na cruz o Senhor não apenas nos deu o perdão, mas também a
cura para todas as enfermidades. Esse é o sentido de discernir o corpo. Uma vez
que discernimos o significado do corpo, podemos desfrutar de força, saúde e
vida longa, o exato oposto daqueles que não discernem. Não estou dizendo
que as pessoas ficam doentes porque não discernem o corpo ou não participam da
ceia, estou dizendo que elas não precisam permanecer doentes se participarem da
mesa do Senhor com discernimento.
Alguns dizem: é
apenas uma cerimônia, um ritual. Não deveria ser assim, deveria ser um
desfrutar genuíno de Cristo. Todo pecado, maldição, enfermidade, miséria e
mesmo a morte vieram ao homem pelo único e simples ato de comer.
O Senhor Jesus disse
que ele é o pão que desceu do céu. Isso certamente está associado também à Ceia
do Senhor. Nós comemos do Senhor na Ceia. João 6.49-58
Jesus disse que a maneira de permanecermos nele é
participando da sua carne e do seu sangue. Nisso vemos a importância de participarmos
da ceia, não como um ritual, mas como uma experiência de vida. Nós comemos do
Senhor ao comermos do pão pela fé. Em todo o texto de João o verbo comer está
no tempo particípio presente ativo no grego. Isso significa que não é algo que
fazemos uma única vez, mas é uma ação contínua. Nós devemos comer do Senhor
continuamente.
Creio que todo irmão
que for internado num hospital precisa receber a Ceia no seu leito de
enfermidade. Essa é uma forma deles receberem cura. Isso não precisa obrigatoriamente
ser feito por um pastor, qualquer membro pode compartilhar o pão e o vinho.
Na verdade a igreja acontece de forma prática quando dois ou
três se reúnem no nome do Senhor. Eles não se reúnem para brincar e se
divertir, mas se reúnem deliberadamente para adorar o Senhor.Quando isso
acontece eles podem partir o pão e tomar o vinho. Na igreja de Atos eles
partiam o pão de casa em casa diariamente (At 2.46). Esse partir o pão nada
mais é que participar da mesa do Senhor.
Diariamente perseveravam unânimes no
templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e
singeleza de coração. (Atos 2:46)
Conclusão
Muitos irmãos não sentem necessidade da Ceia porque ainda
participam da mesa do Senhor de forma ritualística. Para eles não é uma
experiência, mas apenas algo simbólico. Jesus disse: “esse pão é o meu corpo”.
Ele não disse: “esse pão é um símbolo do meu corpo”. Ele disse: “esse é o
sangue da Nova Aliança”. Ele não disse: “isso é o vinho simbólico da Nova
Aliança”. Não exagere nessa questão de simbolização. Há uma grande realidade
espiritual na Ceia do Senhor. Na verdade há poder na Ceia, poder de cura.
O Senhor odeia a religião. Ele não iria nos mandar celebrar
um ritual simbólico vazio. O Senhor ama o relacionamento. Se ele ordenou a Ceia
é porque o seu poder e a sua vida estarão disponíveis cada vez que
participarmos dela.
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