segunda-feira, 30 de maio de 2016

APRENDENDO A AMAR


APRENDENDO A AMAR
Aprender a amar parece uma contradição. Sabemos que o amor de Deus foi derramado em nosso coração, portanto, o amor já está em nós.
Sabemos também que quem não ama o seu irmão está em trevas e não conhece a Deus. Portanto, só pode aprender a amar aquele que ainda não ama e, se não ama, nem é nascido de Deus. Sendo assim, é incoerente ensinar um filho de Deus a amar.
O amor entre nós é algo espontâneo. Quando nascemos, não precisamos aprender a amar nossa mãe ou nossos irmãos, isso é algo instintivo e natural. A mesma coisa acontece com nossos irmãos espirituais: há um vínculo espiritual entre nós que faz com que nos amemos espontaneamente.
O que significa, então, aprender a amar? o amor está em nós, mas não sabemos como expressá-lo apropriadamente. É como o pássaro: o voo já está nele, é da sua natureza, mas ainda assim, terá de aprender a voar. Aprender a amar é, na verdade, aprender a expressar o amor que já está em nós.
Nesse tempo vamos praticar algumas sugestões para expressar amor em nossas vidas.
1. TENHA REVELAÇÃO QUE VOCÊ É AMADO POR DEUS
Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. Romanos 5:5.
O amor de Deus já está dentro de nós. Ele é a fonte, nós temos apenas que manter a canalização desimpedida. A grande tragédia na vida de muitos irmãos é que ainda não tiveram a experiência e a revelação de que são amados.
O amor de Deus por você não pode ser uma mera afirmação teológica, deve ser uma sólida sensação interior no espírito. Muitos vivem lembrando os próprios erros e se martirizando. Isso é a escravidão da acusação do maligno.
2. APRENDA A COLOCAR-SE NO LUGAR DOS OUTROS
A característica mais marcante do amor é a sua capacidade de entrar na pele do outro e ver o mundo como ele vê. Isso é chamado de empatia.
“Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5.46-44).
Quem não percebe a sua própria maldade está sempre pron­to a julgar e condenar o próximo. Quando temos espelho em casa, podemos mais facilmente tolerar as falhas dos outros. Aquele que se acha bom está sempre pronto para julgar e con­denar. Quem não consegue enxergar a própria maldade não pode ajudar o próximo. A verdadeira humildade é simplesmen­te reconhecer que é orgulhoso. A verdadeira santidade começa quando reconhecemos que somos pecadores.
Esta é uma grande obra do poder de Deus: reconhecermos na Sua luz o que é a nossa carne. Um dia memorável em nossa vida é aquele quando descobrimos que não somos melhores do que ninguém e que, em certas circunstâncias, somos capazes das coisas mais terríveis, como qualquer pessoa.
3. REJEITE A HIPOCRISIA RELIGIOSA
Não precisamos ter aquela sinceridade cortante, mas tam­bém não devemos nos esconder atrás de uma hipocrisia educa­da.
Um dia um homem estava ministrando em um acampamento, e ficou um pedaço de alface sobre um dos meus dentes. Ficou ali muito tempo e ninguém me disse nada. Certamente estavam se extasiando com aquela situação, mas quando minha esposa viu, imediatamente me alertou daquela cena tão cômica.
Aquela pessoa que nos ama terá a coragem de nos dizer a verdade. Outros nos deixarão com alface nos dentes. Todos per­cebem a nossa vaidade, arrogância ou qualquer outro defeito, mas quantos se dispõem a nos advertir?
4. APRENDA A CONFIAR
A Palavra de Deus diz que o amor tudo crê (I Coríntios 13.7). Quem ama acredita e se dispõe a pensar o melhor. Quem ama é benigno e sempre escolhe ver o outro de maneira positiva. Pessoas desconfiadas estão pensando nas motivações que estão por trás de cada gesto ou palavra. Por que existem tantas pes­soas desconfiadas?
Alguns são desconfiados porque foram muito decepciona­dos. Outros convivem apenas com pessoas perversas. Mas a maioria se acha inteligente e, no conceito delas, confiar é sinônimo de estupidez. A causa mais comum da desconfiança é o medo de se passar por tolo. O problema da desconfiança é que ela destrói a esponta­neidade. Quanto mais desconfiamos dos outros mais nos re­primimos com receio de que outros também desconfiem de nossas motivações. A desconfiança destrói a verdadeira comu­nhão na vida da igreja. A desconfiança destrói casamentos. A desconfiança destrói relacionamentos. Sem confiança jamais conseguiremos edificar a igreja.
O desconfiado não é confiável. A su­posição que você faz do outro é baseada em si mesmo. Veja o exemplo de Caim, ele temia ser morto por alguém
Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de esconder- me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me matará. (Genesis 4.14), mas não havia assassinos na Terra a não ser ele próprio. Ele presumia pensamentos homicidas em outros porque ele mesmo os tinha.
Foi feita uma pesquisa com pessoas com grau de confiança mais alto que as demais e descobriu-se que:
Pessoas que confiam possuem uma inteligência acima da média; Elas são mais felizes que as pessoas céticas; Elas são mais confiáveis que outras.
5. SAIA DA SUA ZONA DE SEGURANÇA
O medo de rejeição é o grande impedimento para expres­sarmos amor pelos irmãos. Abandone esse medo. Saia de sua zona de segurança.
Livre-se da ideia de que todos devem gostar de você sempre, só assim você se livrará do medo da rejeição. Por traz dessa idéia existe um ego enorme dizendo: “Como é possível alguém não gostar de uma pessoa tão maravilhosa quanto eu?”. É isso aí. Você não é essa maravilha toda e, se tem alguns que gostam da gente, já deveríamos ficar contentes.
É um fato da vida que todas as pessoas que conhecem você se divide em cïnco grupos:  20% são indiferentes a você; 20% gostam de você; 20% gostam de você, mas podem deixar de gostar por alguma razão; 20% não gostam de você, mas podem vir a gostar se houver uma razão; 20% simplesmente não gostam de você.
Penso que essa é uma distribuição bem justa. Diante dis­so, fica a seguinte sugestão: dê ao outro o direito de lhe dizer “não”. Amar é dar ao outro o direito de dizer “não”. Poucas coisas nos deixam tão irritados quanto uma negativa. Muitas pessoas cogitam seriamente encerrar uma amizade só porque ouviram um “não”. Pessoas assim não amam; elas constróem ao próprio derredor uma parede que acaba afastando as outras pessoas. Ter de dizer “sim” sempre é um tipo de manipulação, e ninguém suporta.
6. LIBERE O PERDÃO LIVREMENTE
O perdão deve estar no centro de nossa vida cristã. É ine­vitável. Você será magoado em algum momento. Alguém vai feri-lo, contrariá-lo, prejudicá-lo. Alguém vai quebrar seu vaso de estimação. Você terá que dizer: “Eu o perdoo, irmão!”. E sabe o que mais? Ele talvez faça tudo novamente. Quem sabe setenta vezes sete.
Porque fomos livremente perdoados, liberamos também graciosamente o perdão sobre os outros. Não guardamos res­sentimentos, mesmo que justificáveis, tampouco esperamos o arrependimento do outro para só então perdoá-lo.
Esse princípio é fácil de ser observado. Se eu quebro um vaso precioso e você me perdoa, você sai perdendo e eu saio livre. Suponha que eu estrague a sua reputação. Para me perdoar você deve aceitar as consequências do meu pecado e deixar que eu fique livre. Todo homem que perdoa paga um preço enorme, o preço do mal que ele perdoou.
Nada nos torna mais parecidos com Jesus do que o perdão. Perdoar é se tornar parecido com Deus. O perdão não é desse mundo, ele desceu para a Terra no dia em que Deus se fez gente lá em Belém.
7. DÊ PRESENTES AOS IRMÃOS
A maior expressão do amor é a dádiva. Deus amou o mun­do, por isso Ele deu o Seu filho unigénito João 3.16. A graça e o amor de Deus se expressam por meio de um presente eterno. A salvação é um dom de Deus (Efésios 2.8). Dom significa presente. O pecado exige um pagamento, mas a vida eterna é um presente de Deus Romanos 6.23.
O amor não é amor até que seja dado de presente. Até o amor se expressar, ele é apenas um conceito bonito, uma poesia, uma abstração celestial. Mas, no momento em que ele é dado, ali acontece a materialização visível do coração de Deus.
Presentear deve ser um estilo de vida. Nossa ambição é que você sinta tanto prazer em fazê-lo que transforme esse gesto em um hábito, um hobby, um santo vício.
A Palavra do Senhor diz que “mais bem aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20.35). Experimente o prazer de dar cor e alegria ao dia de alguém que você considera e ama. Presentear é a arte de fazer alguém feliz. Por isso não prenda o seu con­ceito de presente a algo para ser embrulhado. Preparar o prato preferido de alguém é algo soberbo. Experimente convidar o irmão para comer o que ele jamais provou. É delicioso ver o semblante de encantamento.
Jesus disse: quando deres um jantar ou uma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem vizinhos ricos; para não suceder que eles, por sua vez, te convidem e sejas recompensado. (Lucas 14.12).
8. COMA COM OS IRMÃOS
Poucos percebem que, comer juntos, é um dos grandes fatores de crescimento de uma igreja. Sabemos que as igrejas que mais crescem são justamente aquelas em que os mem­bros se convidam mais frequentemente para comer juntos.
Qual foi a última vez que você convidou um membro de sua célula para compartilhar de uma gostosa refeição com você? E qual a última vez que você foi convidado? É quase certo que haverá uma correlação entre a sua resposta e o crescimento da sua célula.
Alguém disse com muita propriedade que o amor passa pelo estômago. Quando comemos juntos, estabelecemos mais rapi­damente vínculos de amor e comunhão. O comer é algo que está presente em toda a Palavra de Deus.
Quando Deus fez aliança com Seu povo, estabeleceu uma refeição comunitária, a Páscoa (Exodo 24.11). O ministério de Jesus começou em um casamento, transformando água em vinho. Ele multiplicou pães e certamente os comeu com a multidão; até se convidou, certa vez, para jantar na casa de Zaqueu (Lucas 19-5).
Quando Jesus quis estabelecer uma forma de nos lembrarmos dEle e reafirmarmos a Sua aliança, Ele estabeleceu uma refeição simbólica que chamamos de Ceia do Senhor. Nos dias da Igreja primitiva, a ceia era chamada de Festa do Ágape, ou seja, a ceia era vista como de fato é, os irmãos sentados à mesa para desfrutar do amor fraternal, enquanto saboreiam o pão e o vinho.
O Livro de Atos diz que os primeiros cristãos “partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração” (Atos 2.46). Não podemos viver a vida da Igreja como Deus planejou, sem grandes e frequentes re­feições comunitárias.
A história dos filhos de Deus termina em um grande jantar, servido nos átrios celestiais.



















Um comentário:

  1. O amor ao próximo é magnífico, quando sabemos expressar por meio da graça, mas muitas das vezes não sabemos o que é isso e que significa em nossas vidas. O amor do senhor é incondicional e imensurável, mas o amor pelo próximo passa longe, devemos aprender a amar com o amor do pai. Essa palavra nos ensina e edifica que amar é muita mais do que falar, mas sim que devemos praticar e expressar na vida de cada discípulo, principalmente quando ele não ouve o que líder está ensinando. O amor de Deus é muito maior do aquilo que sabemos e o que somos.

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